quinta-feira, 19 de abril de 2012

Jovens batem nos pais por já não lhes darem tudo (in DN)



Jovens batem nos pais por já não lhes darem tudo - Portugal - DN

Isto é um horror! Quando era miúda nem sequer me passava pela cabeça ter uma palavra menos cordial com um professor, quanto mais levantar a mão a um pai ou a um avô. Mas agora os miúdos estão à solta! Não chumbam, não se castigam e, por isso, andam baralhados e o bem e o mal são conceitos desfocados, cuja consequência nem é o prémio nem a reprimenda, apenas a impunidade.

Esta notícia deixa-me profundamente triste e preocupada. A missão de educar é cada vez mais difícil, as exigências sociais e laborais feitas aos pais roubam-lhes cada vez mais tempo e o governo ainda quer pôr mais alunos em cada sala de aula, o que, claramente, diminui a capacidade da escola e do professor de fazer um acompanhamento mais personalisado e sinalizar casos de risco.

Os orçamentos apertados cortam nos departamentos de psicologia que, a meu ver, são hoje em dia tão importantes como fornecer uma boa refeição aos alunos. O professor e a escola têm de ser o  braço direito dos pais. Uma equipa que se vai alternando na educação dos filhos, na passagem de conhecimento claro, mas, também de valores tão ou mais importantes que as contas de somar ou dividir.

A educação é o futuro colectivo de um país, mas com estas políticas, parece-me que quem manda vê a escola como um depósito de miúdos, onde se aprende de tudo... mesmo de tudo!


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